Até aqui, tudo igual, mas a mesma palavra, derivada do verbo OBUTCHÍTSYA é um verbo transitivo indireto que significa ser ensinado, aprender, ensinar conhecimentos, ensinar alguma coisa. A elasticidade semântica desta segunda palavra faz com que Vigotsky (2001) a use indistintamente ao referir-se aos processos de ensino e de aprendizagem. Pesquisas feitas para fundamentar a mudança sinalizam que a atividade tende a desenvolver a percepção dos estudantes, aguçando suas funções sensoriais. Os recursos audiovisuais também despertam a interação dos alunos, gerando mais atratividade para eles diante dos temas. Como explica a coordenadora do curso de Biomedicina da Univel, Lorena Neris Barboza, os alunos têm aulas práticas e se envolvem em projetos de pesquisa e extensão desde o primeiro período da graduação.
“Cinema e novela é para ensinar cultura”, diz Lula no Rio
O cinema se constitui numa arte e, para permanecer arte, “deve permanecer um fermento de anarquia, de escândalo e de desordem” (Bergala, 2002, p. 30). A arte é, por definição, um elemento perturbador dentro da instituição. Tanto para os alunos quanto para os professores, deve ser, na escola, uma experiência de outra natureza que não a do curso localizado. Além de ampliar as possibilidades do ensino em sala de aula, poderia servir de veículo de informação à toda comunidade. Fernando de Azevedo, ao discorrer sobre formas de cooptação dos pais para a obra da educação carioca, através das atividades dos Círculos de Pais e Professores, indicava exibições para ilustrar conferências, ou mesmo servir de chamamento para a frequência às reuniões.
Encontro com o Porvir em imagens
Neste momento, o professor iniciará a apresentação de materiais que desencadeiem a discussão do cinema na escola. De posse destas informações e após sociali zá-las com a turma em um debate, em que os alunos apresentam suas ideias aos questionamentos acima, prepare a turma para um projeto de cinema. Para que os esforços possam desfrutar de sucesso, é preciso, entretanto, disposição à reflexão e abertura à possibilidade de discussões críticas, o que exige prática. Se faz necessário confrontar o espírito individualista que insiste em ocupar todas as dimensões de nossas vidas, e que busca objetificar e simplificar a complexa e mutável realidade da qual fazemos parte. Acredito, do mesmo modo que Walter Benjamin, que a verdadeira arte se constitui em uma experiência sensível e reveladora, capaz de proporcionar um possível caminho para superação das experiências hegemônicas e totalitárias. Sabe concentrar 12 horas num minuto com a mesma perícia que um século num dia.
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O interessante nos dois é a visão de cada lado do conflito, que Clint conseguiu explorar. Logo, essa sugestão se torna aplicável para introduzir o conhecimento da cultura oriental pelo debate e a visão crítica das obras hollywoodianas. Dentro desse contexto, seria interessante também abordar o “whitewashing” (escalação de atores brancos para interpretar personagens de outras etnias). Entre elas, está a possibilidade de fortalecer o gosto pela arte, despertar a criticidade e reter a atenção dos alunos para assuntos que, normalmente, são repassados pelas aulas expositivas. Não é difícil encontramos escolas que utilizam filmes como entretenimento, em muitos casos como passatempo para alguma eventualidade que possa ter acontecido nas suas respectivas rotinas. Se afastar dessa concepção de mero recurso pedagógico, possibilita que estejamos dispostos a compreender o cinema como potência no processo de ensino-aprendizagem.
Mas esse processo mental se assenta sobre formas distintas do pensamento rotineiro. Enquanto este se guia por símbolos e conexões já estabelecidas, o pensamento criador procura estabelecer novas relações simbólicas. Procura conectar símbolos e experiências que, anteriormente, não apresentavam quaisquer relações entre si. No entanto, o pensamento criador não aproxima pura e simplesmente símbolos diversos, num jogo de ensaio e erro.
Faz-se necessária uma transformação na forma de pensar daqueles que possuem a responsabilidade de impetrar tal mudança. É comum a percepção de que só os filmes que conseguem manter relação direta e “explícita” com o conteúdo curricular devam ser exibidos aos alunos. No entanto, diferentemente dos livros didáticos e das aulas expositivas, a proposta do uso do cinema em sala de aula não é simplesmente “instruir”, mas sim produzir um aprendizado mais abrangente, que se constitua através de debates e da participação de todos. O uso do cinema possibilita uma abordagem interdisciplinar e participativa que dificilmente uma aula “comum” poderia trazer.
É muito difícil que essa equidade seja alcançada em curto espaço de tempo, tendo em vista que os alunos possuem capital cultural diferente. Assim, é importante entender que esse capital cultural precisa ser absorvido também pelos docentes. É válido ressaltar que essa subjetividade dentro da sala de aula pode ser alcançada usando alternativas para desenvolver as capacidades cognitivas dos alunos. Nesse sentido, podemos considerar que o uso do cinema no ensino de História seja importante para tal desenvolvimento.
Depois de algum tempo estudando um determinado tema, por exemplo, o professor pode mostrar um filme e, depois, propor aos alunos discussões sobre que relações podem ser traçadas entre o assunto estudado e o enredo. Isso traz à tona não só temas que conseguiriam ser planejados pelo educador sozinho, mas também os que têm a ver com as vivências e interesses pessoais dos alunos, fazendo do aprendizado uma experiência mais pessoal e “intrínseca”. Pelo cinema conhecia-se o mundo, via-se o que o olho humano não podia captar naturalmente, Filmes Online Grátis HD ou visitavam-se lugares que talvez nunca pudessem ser vistos de perto. Para a educação, trazia a possibilidade de vivenciar fatos até então narrativas do ensino verbalista. Mais ainda, permitia a propaganda de hábitos, normas e ideias, pois o filme disseminava informações mais rápido e prazerosamente que jornais e palestras. Nesse sentido, por iniciativa da Diretoria de Instrução Pública do Distrito Federal, realizou-se na Escola José de Alencar a Primeira Exposição de Cinematografia Educativa, em agosto de 1929.
É possível compreender o preconceito que fora praticado pelos ingleses ao jovem matemático Ramanujan e a influência do Império Britânico na Índia durante esse período histórico e, além de tudo, definir e compreender o sistema educacional e a sua importância nas sociedades em questão fazendo aplicação das questões para os dias de hoje. Possibilidades estas que vão além da criação de um Cine-Clube – espaço dedicado para a exibição e discussão de um filme. O cinema pode ser usado em união com diversas tendências do aprendizado, como a gamificação e o aprendizado baseado em projetos.
A única experiência real do encontro com a obra de arte provoca o sentimento de ser expulso do conforto dos hábitos de consumidor e ideias preconcebidas. Este grupo pesquisará sobre os Ciclos regionais do cinema brasileiro, a Consolidação do cinema novo e o Resgate do cinema brasileiro. 2 – Os alunos utilizarão o laboratório de informática da escola, seus laptosps do projeto Um Computador por Aluno – UCA ou então os notebooks ou tablets em sala de aula. Nascimento encerra o artigo enfatizando que o cinema não é o único instrumento metodológico à disposição do professor, mas sim uma prática a mais para a aplicação do ensino em conjunto com outras linguagens; logo, o tempo perdido com questões disciplinares poderia ser mais bem usado para a aplicação das sugestões.
Na mesma área da tela, projeta micro-organismos e cadeias de montanhas. E essas imagens mágicas, coordena-as à vontade, sem restrições de espécie alguma. Porque o cinema está sucessivamente em qualquer parte, possui o dom da ubiquidade, acha-se, ao mesmo tempo, em lugares diferentes, tudo pode gravar, ligar, separar, ajuntar, intercalar, encadear, no sentido mais útil ao ensino” (Almeida, 1931, p. 187). Porvir – Como o professor pode buscar formação para aplicar o audiovisual?
O Senado aprovou nesta quarta-feira, 19, em votação simbólica, o projeto de lei que reformula o Novo Ensino Médio. O texto entra como um substituto ao modelo instituído em 2017, durante o governo Michel Temer, e volta à Câmara dos Deputados para uma nova análise. “O governo tem que criar condições para que vocês tenham acesso a fazer as coisas e que os empresários tenham uma postura digna de financiar filmes”, acrescentou.