É possível conciliar urbanização e meio ambiente?

É possível conciliar urbanização e meio ambiente?

As mudanças climáticas acarretadas pelos danos causados pelo ser humano ao meio ambiente, estão hoje no centro das discussões de assuntos a nível global. Por meio delas, catástrofes naturais como grandes tempestades, tem se tornado cada vez mais constantes e intensas. Assim, o Plano Diretor deve prever áreas de expansão levando em conta que a infraestrutura deve acompanhar este desenvolvimento, principalmente no que diz respeito ao transporte coletivo. Esta questão pode ser alcançada por meio de medidas que incentivem o uso misto do solo, além da realização de um zoneamento que identifique as áreas da cidade onde há maior concentração e utilização dos serviços, bem como incorporar o trabalho e a moradia, além da criação de diversos pontos centrais na cidade. Portanto, cabem aos Planos Diretores evitar situações deste tipo, através da distribuição adequada da infraestrutura, de modo a garantir que os habitantes possam ter pleno acesso aos serviços dos básicos em diversos pontos da cidade. Desse modo, ele é responsável por definir como deverá ser o uso do solo, assim como será a distribuição de toda a infraestrutura pública, as vias e transportes, áreas de lazer, escolas, comércios dentre outros.

Um dos mais famosos planos de revitalização urbana desse período foi o Plano Burnham, que revitalizou uma grande parte da cidade de Chicago. Reformistas sociais começaram a pedir ao governo que melhorassem tais condições precária de vida, sugerindo planos como novo zoneamento, com casas, jardins e áreas verdes. Também sugeriram a separação de zonas industriais e residenciais, cada uma em zonas separadas da cidade. Várias municipalidades e governos tomaram medidas para melhorar a qualidade de vida nas cidades, mas à medida que estas continuavam a crescer rapidamente, as poucas medidas tomadas foram insuficientes para surtir algum efeito. Muitas civilizações da América Latina utilizaram medidas de planejamento urbano em suas cidades, como sistemas de esgoto e água potável.

Urbanização e planejamento urbano na atualidade

O Estatuto da Cidade oferece diversas ferramentas que validam a função social das propriedades, garantindo que a valorização de uma área não esteja acima da qualidade de vida da população, em virtude aos impactos gerados por empreendimentos imobiliários, que podem contribuir para o processo de gentrificação. As Cidades Históricas, correspondem aos centros urbanos que detém vasto acervo histórico, podendo este ser arquitetônico ou estar relacionado a questões sociais que se desenvolveram neste ambiente. A Sustentabilidade é um ponto importante a ser aliado ao Planejamento Urbano, pois ela atua diretamente na melhoria das questões ambientais, que envolvem o uso racional dos recursos e manutenção do meio ambiente, se estabelecendo como um ponto crucial a ser adotado e desenvolvido nos ambientes urbanos. Em termos de área territorial, no mundo atual, o espaço rural é bem mais amplo do que o espaço urbano. Isso ocorre porque o primeiro exige um maior espaço para as práticas nele desenvolvidas, como a agropecuária, o extrativismo mineral e vegetal, além da delimitação de áreas de preservação ambiental e florestas em geral.

Planejamento urbano: equilíbrio entre natureza e urbanização

Urbanização, vulnerabilidade, resiliência: relações conceituais e compreensões de causa e efeito

No século 20, o movimento moderno da arquitetura trouxe para os arquitetos a função clara de planejar cidades do zero. Em 1933, a Carta de Atenas, resultado do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, discutiu como a arquitetura poderia criar cidades funcionais. No documento redigido por Le Corbusier, a cidade é um organismo a ser concebido, e, tal qual o homem, deve ter as necessidades colocadas e resolvidas. A carta preconiza a divisão de áreas residenciais, de lazer e de trabalho – ação que foi logo colocada em prática no plano piloto da construção de Brasília/DF, em 1950. A efetividade dos instrumentos de política, planejamento e gestão urbana requer, no caso brasileiro, a revisão do pacto federativo, com a redistribuição de competências e recursos financeiros conforme as responsabilidades assumidas pelos entes políticos, bem como maior integração entre os diversos níveis federativos. O desafio reside em coordenar e integrar as agendas e ações dos diferentes entes federativos de forma sinérgica para atingir macro-objetivos por meio de ações locais, adequando os objetivos nacionais aos contextos regionais, metropolitanos e urbanos.

Isso porque ele que determina a natureza dos processos de urbanização, sendo responsável direto pelo nível de qualidade de vida nas cidades. Corresponde ao conjunto de municípios limítrofes e integrados a uma metrópole, com serviços públicos e infraestrutura comuns. A constituição federal de 1988 permite aos governos estaduais o reconhecimento legal de regiões metropolitanas, com o intuito de atribuir planejamento, integração e execução de atividades públicas de interesse comum às cidades que integram essa região.

Para a minimização das críticas, o tempo entre diferentes projetos é aumentado, diminuindo gastos. Planejadores urbanos esperam que mais pessoas fiquem convencidas do valor das ações implementadas pelo planejamento urbano, à medida que mais projetos alcancem sucesso. Durante o Renascimento, um período de grande desenvolvimento artístico, planejadores urbanos desenhavam partes de uma cidade em grande escala, criando grandes áreas para solucionar a super lotação de tempos antigos. Exemplos são a Catedral de São Pedro, em Veneza, e a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Já um exemplo de uma área que foi inicialmente planejada, antes de ter sido construída, é o Palácio de Versailles, na França, uma minicidade por si mesma. A necessidade de desenvolver novos programas de habitação social, que compreendam às demandas da população e considerem os fatores de mobilidade, também é uma questão fundamental para entender os problemas de moradia nas grandes cidades.

A tecnologia a favor da urbanização e meio ambiente

Tal pensamento se formalizou especialmente com o trabalho dos CIAM (do francês Congrès Internationaux d’Architecture Moderne, que significa em português “Congressos Internacionais da Arquitetura Moderna”) e, especialmente, com a Carta de Atenas. Reflexos deste pensamento construção ou requalificação urbanístico podem ser observados em projetos de novas áreas de expansão urbana totalmente desvinculados das necessidades efetivas das comunidades que aí morariam. O Plano Piloto de Brasília é considerado o exemplo mais perfeito deste tipo de urbanismo modernista.

Após o processo de transporte, o gás carbônico é armazenado em formações geológicas abaixo da superfície da Terra. Com o objetivo de reter e posteriormente armazenar o gás carbônico, a captura de carbono pode ser feita através da pré-combustão, pós-combustão e combustão de oxi-combustível. Em contrapartida, empresas, instituições e governos têm investido em tecnologias para capturar, reduzir e remover o dióxido de carbono da atmosfera em até 90%. Para combater a degradação ambiental, o gerenciamento de resíduos, atribuído às novas tecnologias, são alternativas que otimizam e controlam cada etapa do processo. Garantindo maior controle e eficiência urbana, o papel da tecnologia no planejamento de arborização urbana é inegável.